Os preços do feijão seguiram pressionados durante a última semana, conforme levantamento realizado pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A pressão sobre os valores foi causada pela retração da demanda e pelo aumento da oferta de grãos. As desvalorizações mais intensas foram registradas para o feijão carioca, especialmente nas notas 8,0 a 8,5, e para o feijão preto.
A demanda segue lenta tanto no atacado quanto no varejo, um comportamento típico no período que antecede as comemorações de final de ano. Em um mercado mais retraído, muitas empresas optam por compras pontuais, o que contribui para a baixa nos preços. No lado da oferta, embora parte dos produtores ainda restrinja a quantidade de feijão de melhor qualidade, buscando preços mais atrativos, há lotes que começam a perder cor, sendo reclassificados com notas inferiores e vendidos por valores mais baixos.
Pesquisadores apontam que essa situação justifica as desvalorizações observadas, especialmente para o feijão carioca nas regiões do Centro-Oeste, onde as intensas quedas de preços têm sido mais notáveis.