O mercado brasileiro apresentou retração nos preços e baixa movimentação de negócios nas principais regiões produtoras do país durante a quinta-feira (5). A queda nas cotações foi atribuída à instabilidade cambial e à divergência entre as expectativas de compradores e vendedores, dificultando o fechamento de acordos.
Entre as principais praças, Passo Fundo (RS) registrou uma redução de R$ 138 para R$ 136,50 por saca, enquanto Missões (RS) teve queda de R$ 137 para R$ 135,50. Nos portos, o recuo foi semelhante: Rio Grande (RS) passou de R$ 145 para R$ 143, e Paranaguá (PR) caiu de R$ 145 para R$ 142. Em Cascavel (PR), o preço recuou de R$ 139 para R$ 136. Já em Rondonópolis (MT), a queda foi de R$ 143 para R$ 139.
Apesar do cenário doméstico desaquecido, o mercado internacional apresentou avanços. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam em alta, impulsionados pela forte demanda da China e pelo desempenho positivo do óleo de soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 136 mil toneladas de soja para o país asiático, com exportações semanais superando 2,3 milhões de toneladas, alinhadas às expectativas do mercado.
Outro fator que influenciou os preços internacionais foi a valorização do óleo de palma após o anúncio da Indonésia de um aumento na demanda por biodiesel. Além disso, a revisão para baixo na estimativa de safra de canola no Canadá contribuiu para os ganhos no mercado de óleos vegetais.
No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,58%, cotado a R$ 6,0088 para venda, o que também refletiu no comportamento do mercado nacional. Apesar das oscilações, especialistas esperam que as exportações e a demanda externa possam trazer mais equilíbrio ao setor nos próximos dias.