A semana do mercado de soja no Brasil foi marcada por poucos negócios e preços em queda, refletindo a tendência global que também impactou a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Mesmo com o dólar elevado acima de R$ 5,80, as cotações domésticas não conseguiram evitar o movimento de baixa, acompanhando as mínimas históricas registradas em Chicago.
No Brasil, as cotações da soja apresentaram quedas significativas em várias regiões. Em Passo Fundo (RS), o preço passou de R$ 135 para R$ 131 por saca de 60 kg; em Cascavel (PR), de R$ 140 para R$ 136; em Rondonópolis (MT), de R$ 154 para R$ 147; e no Porto de Paranaguá (PR), a redução foi de R$ 145 para R$ 142.
A queda nos preços é atribuída à ampla oferta global de soja, com a safra avançando tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Este cenário, aliado à estabilidade da produção de biodiesel nos EUA e as incertezas políticas, especialmente com a possível volta de Donald Trump à presidência, agrava a pressão sobre os preços do grão.
A expectativa para 2025, no entanto, é de números recordes para o complexo da soja. A ABIOVE projeta uma produção de 167,7 milhões de toneladas, com exportações alcançando 104,1 milhões de toneladas, gerando uma receita de US$ 50,8 bilhões. Isso mostra que, apesar das dificuldades atuais, o Brasil mantém uma posição de destaque no mercado global da soja.