O mercado de soja encerrou a quinta-feira (21) com lentidão nos negócios no Brasil e quedas nas cotações dos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT). Apesar de sinais positivos de demanda pelo produto norte-americano, os recentes acordos comerciais entre Brasil e China, aliados ao bom desenvolvimento das lavouras brasileiras, geraram pressão sobre os preços internacionais.
No Brasil, os preços tiveram leves quedas em diversas regiões. No Porto de Rio Grande (RS), a saca recuou para R$ 140,50, enquanto em Rondonópolis (MT) caiu para R$ 147. Já em Rio Verde (GO), houve alta de R$ 2, alcançando R$ 133 por saca. A consultoria Safras & Mercado destacou a influência negativa da baixa em Chicago, que limitou os negócios nos portos brasileiros.
Nos Estados Unidos, o clima de desconfiança em relação ao novo governo Trump agrava a situação. Analistas avaliam que uma postura menos favorável à China poderá prejudicar as exportações norte-americanas de soja, tradicionalmente destinadas ao país asiático. Além disso, há temores sobre a redução do incentivo à produção de biocombustíveis, o que impactaria a demanda interna.
Os contratos de soja para janeiro fecharam em baixa de 1,28%, cotados a US$ 9,77 ¾ por bushel. No mercado cambial, o dólar registrou alta de 0,60%, encerrando o dia a R$ 5,8114 para venda, fator que também favoreceu a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.