19/11/2024 às 11h21min - Atualizada em 19/11/2024 às 11h21min
Altas de preço para boi gordo e gado magro devem se intensificar
Fabiano Reis
Foto: Flavia B. Fiorini / Embrapa A intensidade do mercado pecuário é mantida semana a semana no Brasil com valorização dos animais para abate e demais categorias. Há negócios, pontuais, para o boi gordo no interior de São Paulo nesta última segunda-feira que superam a marca de R$ 360,00 por arroba, números parecidos são visto em outros estados e os ganhos seguem ritmados por elevação nas exportações, mostrando uma demanda internacional por carne bovina brasileira ainda mais aquecida e ao robusto consumo doméstico, que se eleva próxima ao final do ano.
Não há indicativos ou parâmetros para mudança de tendência, apenas um cenário de quando entrar em janeiro, pós-festas de final de ano, com as contas tradicionais de começo de ano, IPTU, IPVA, matrícula em escola, etc, reduzir o ímpeto do consumo interno. De fato, devemos ter isso, é sazonal, todo ano ocorre, mas em 2025 há um fator decisivo: mesmo com o “descarte” de fêmeas que não emprenharam até março (outro fator sazonal) a oferta de animais para abate será explicitamente mais baixa. Fator que deve trazer algum equilíbrio.
No mercado de reposição o cenário vem apresentado valorizações importantes para bezerros (a) e gado magro. A demanda pelo segundo fator citado aumentou nos últimos meses, refletindo um maior volume de animais em confinamento. De modo geral, tudo confirma um custo bem mais alto para gado magro em 2025.
Para encerrar, as exportações de carne bovina seguem bastante intensas e, de acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, atingiram 137,3 mil toneladas em 11 dias uteis embarques, com média diária 13,7 mil toneladas, 30,5% superior ao mês de novembro de 2023.