03/10/2024 às 11h22min - Atualizada em 03/10/2024 às 11h22min
Bolsa sobe e dólar cai após elevação de nota do Brasil pela Moody's
Risco país recua 4% em resposta à melhoria da classificação, impulsionando o mercado financeiro
- Da Redação, com Agência Brasil
No dia seguinte à elevação da nota da dívida pública brasileira pela agência de classificação de risco Moody’s, a bolsa de valores registrou alta, enquanto o dólar apresentou queda significativa. O risco país, medido pelos Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos, teve um expressivo recuo de 4%.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira (2) cotado a R$ 5,444, apresentando uma diminuição de R$ 0,02, ou 0,36%. Apesar de iniciar o dia a R$ 5,40, a moeda americana viu sua desvalorização desacelerar ao longo do expediente, marcando a primeira baixa após dois dias de valorização. O agravamento das tensões no Oriente Médio contribuiu com o cenário.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou em alta de 0,77%, atingindo 133.515 pontos. Além da decisão da Moody’s, o bom desempenho da bolsa foi impulsionado pela valorização das commodities, especialmente o petróleo, que ganhou força após os ataques de Israel ao Líbano e do Irã a Israel na terça-feira (1).
A nota do Brasil foi elevada de Ba2, dois níveis abaixo do grau de investimento, para Ba1, um nível abaixo dessa categoria. O grau de investimento é visto como uma garantia de que o país não enfrenta risco de calote na dívida pública.
A Moody’s destacou a melhora significativa no crédito do país, atribuída ao robusto crescimento econômico e às reformas econômicas e fiscais recentes. O compromisso com as metas fiscais e a estabilização da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) também foram ressaltados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acredita que o Brasil pode alcançar o grau de investimento até 2026, embora reconheça que ainda há desafios a serem enfrentados em relação às despesas.
