18/09/2024 às 08h40min - Atualizada em 18/09/2024 às 08h40min

Copom decide nesta quarta-feira se eleva juros básicos da economia

Taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, pode aumentar em 0,25 ou 0,5 ponto percentual

- Da Redação, com Agencia Brasil
Foto: reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira, 18 de setembro, para decidir se eleva a taxa básica de juros, a Selic. A decisão é aguardada com expectativa devido ao cenário econômico atual que apresenta uma possível divisão entre os membros do colegiado.

 

A Selic está atualmente em 10,5% ao ano, após uma série de cortes desde agosto de 2022. A última alta ocorreu naquele mês, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Desde então, o Copom realizou cortes sucessivos, que resultaram na atual taxa. Com a recente alta do dólar e o impacto da seca nos preços de energia e alimentos, há especulações sobre uma possível elevação dos juros pela primeira vez em mais de dois anos.

 

Segundo o boletim Focus, a expectativa é que o Copom aumente a Selic em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 10,75% ao ano até o final de 2024. A decisão final será divulgada ao fim do dia. Na reunião mais recente, o Copom destacou a necessidade de cautela devido às condições econômicas internas e externas.

 

A inflação, que acumulava uma alta de 4,24% em 12 meses até agosto, está próxima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para 2024. Embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha registrado uma leve deflação de 0,02% em agosto, esse alívio é considerado temporário. O impacto da seca prolongada e a valorização do dólar são fatores que continuam a pressionar os preços.

 

A Selic é um instrumento para o Banco Central controlar a inflação e suas variações afetam diretamente o crédito e o consumo. O Copom realiza reuniões a cada 45 dias para avaliar a política monetária, considerando as projeções econômicas e as condições de mercado. A meta de inflação para este ano é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2025 e 2026, as metas permanecem em 3%, com o mesmo intervalo de tolerância. O próximo Relatório de Inflação, que será divulgado no final de setembro, deve fornecer mais detalhes sobre as perspectivas futuras para a economia brasileira.



 

 

 

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