10/09/2024 às 10h29min - Atualizada em 10/09/2024 às 10h29min
Boi segue em alta e negócios estão acima das cotações oficiais
Fabiano Reis
Foto: Reprodução O mercado vai confirmando um cenário de alta para arroba do boi gordo em todo o Brasil. Os preços de negociações são mais elevados que os lançados em cotações, de acordo com diversas fontes consultadas. Há uma redução expressiva na escala de abate, que ainda encontra algum respiro, mesmo que pequeno.
Seguramente a pergunta mais importante a se fazer no momento é em relação a comercialização atual, os valores que passam a ser encontrados, o que aponta o mercado futuro e o tamanho e impacto da entrada de animais de confinamento na segunda quinzena de setembro e em outubro.
Entendo que cada um entende do seu negócios, mas, por outro lado, exercer algum tipo de seguro nas negociações não seria nada mal. Digo isso, pois alguns dados parecem contraditórios, mas, não são, exatamente. Seguem algumas afirmações: há uma redução latente no número de animais para abate; na comparação histórica, possivelmente os números para animais disponíveis são mais altos que em anos anteriores; o abate segue em ritmo de recordes; as exportações de carne bovina seguem batendo um recorde atrás do outro e o consumo doméstico subiu. É neste ambiente que o pecuarista toma as suas decisões.
Citei as exportações pois, em agosto, os embarques de carne bovina atingiram o histórico volume exportado de 217,45 mil toneladas, alta de 17,4% frente ao mesmo período do ano passado, com média diária de 9,88 mil toneladas ao dia. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior. O faturamento contou com alta quando comparado ao mesmo período de 2023, em dólares. O oitavo mês do ano atual atingiu a receita de US$ 964,23 mi, elevação de 15,4%, comparado ao mesmo período de 2023. O valor médio pago por tonelada ficou em US$ 4.434.
