03/09/2024 às 10h50min - Atualizada em 03/09/2024 às 10h50min
Boi gordo sobe em nove praças de negociação e tendência é seguir subindo
Fabiano Reis
Foto: Divulgação A tendência de alta na arroba do boi gordo é consolidada no País, com valorizações identificadas em nove praças de negociações. Os motivos, tenho destacado nos artigos de semanas anteriores, há uma redução de oferta de animais prontos para abate generalizada, que impacta diretamente nas escalas de abates, que não serão salvas por entrada de gado de confinamento em setembro e outubro, no máximo, trará garantia de entrega de animais em momentos pontuais, sem elasticidade para mudar a inclinação mercadológica.
Alguns pontos da realidade da pecuária brasileira precisam ser destacadas. A demanda externa, como já falamos em diversas oportunidades, é recorde podendo trazer o registro de embarques de 3,4 milhões de toneladas, com alguma facilidade. Um número recorde e absoluto para o setor.
Sem embargos, o consumo doméstico também evoluiu positivamente, talvez não como a cadeia produtiva esperava, nem como o equilíbrio fiscal das contas públicas e melhor gestão financeira nacional, garantiriam, mas há resultados. O Brasil deve voltar a registrar consumo per capita na ordem de 32 quilos per capita, algo que não acontece desde 2013.
Os preços das praças referenciais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, têm registrado elevações relevantes para o setor e tem visto o boi comum negociado a R$ 245,00 em média, mas com algumas boiadas com fechamentos até melhores. O exemplo traz a reflexão sobre a precificação do boi gordo e, até pensar, em uma precificação melhor no último trimestre do ano superior ao que os negócios do mercado futuro aponta, com a posição de outubro em R$ 255,70, novembro a R$ 257,45 e dezembro R$ 258,65. O fato, é que quem tem boi pronto ou vai ter, possui uma mercadoria pouco ofertada em um momento de demanda bem aquecida.
