29/08/2024 às 10h34min - Atualizada em 29/08/2024 às 10h34min
Aquecimento Global: há tempo de reverter o destino?
Como o aquecimento global impacta o planeta e o que podemos fazer para mitigar seus efeitos antes que seja tarde demais
Fred Almeida - Com informações do INPE
Foto: reprodução Tenho me perguntado ultimamente: será que o tempo está do nosso lado? O aumento constante da temperatura e as mudanças climáticas são evidências de que a Terra passa por uma transformação severa, causada, em grande parte, pela ação humana. Cientistas têm alertado que as décadas de 1990 e 2000 foram as mais quentes dos últimos mil anos, e projeções do IPCC indicam que, nos próximos 100 anos, a temperatura global pode subir até 4°C. Mas será que esses efeitos são reversíveis?
A realidade é dura: muitos dos danos ao clima e aos ecossistemas já são irreversíveis. Espécies que desaparecem não podem ser trazidas de volta. No entanto, há medidas que podem ser adotadas para reduzir o ritmo do aquecimento. As ações humanas, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e poluição, precisam ser radicalmente alteradas se quisermos minimizar os impactos. Em nossas mãos está a possibilidade de implantar soluções sustentáveis. Devemos lutar contra o desmatamento, investir em energias renováveis, repensar o modelo industrial e proteger nossas áreas verdes.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vem desempenhando um papel crucial no monitoramento do território brasileiro e das mudanças climáticas. Ao liderar a Rede CLIMA, o INPE busca fornecer informações científicas e tecnológicas para que o país possa enfrentar os desafios globais. Monitorar o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa são ações fundamentais para tentar conter os impactos que já sentimos: o aumento da frequência de eventos extremos, a elevação do nível do mar e a alteração nos padrões de chuva.
Mas a grande questão continua: o que podemos fazer individualmente? Hábitos diários, como economizar energia, plantar árvores, optar por combustíveis menos poluentes e preservar áreas verdes, podem, sim, fazer a diferença. Embora o desafio seja imenso, ainda temos a chance de frear o ritmo das mudanças climáticas, desde que adotemos uma abordagem coletiva e comprometida. O tempo pode não estar do nosso lado, mas a ação está em nossas mãos.