Relatório Focus aumenta projeção de alta no PIB para 2,23% em 2024

Variação positiva foi resultado da forte expansão da economia brasileira em junho e no segundo trimestre deste ano

Foto: Leonardo Sá / Agência Senado

O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, 19, revelou uma nova alta na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2024. A mediana das expectativas subiu de 2,20% para 2,23% impulsionada pelos recentes dados positivos do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que indicaram uma forte expansão da economia brasileira em junho e no segundo trimestre deste ano.
 
Considerando apenas as 47 projeções mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para o crescimento do PIB em 2024 subiu de 2,24% para 2,30%. Esse movimento de revisão para cima reflete o otimismo crescente do mercado em relação ao desempenho da economia brasileira no próximo ano.
 
Na última sexta-feira, durante um evento organizado pelo banco Barclays em São Paulo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado provavelmente revisaria suas projeções de crescimento para este ano para além de 2,5%, em resposta às surpresas positivas na atividade econômica.
 
Por outro lado, as projeções para o crescimento do PIB em 2025 recuaram ligeiramente, de 1,92% para 1,89%. Essa redução pode estar associada à expectativa de uma trajetória de juros mais alta, uma vez que a projeção intermediária para a taxa Selic no final de 2024 foi revisada para cima. Focando nas 45 projeções mais recentes, a estimativa para o PIB de 2025 caiu ainda mais, de 1,92% para 1,85%.
 
As previsões para os anos de 2026 e 2027 permaneceram inalteradas, com crescimento estimado em 2% para ambos os períodos, mantendo-se estáveis por 54 e 56 semanas consecutivas, respectivamente.
 
A última estimativa oficial do Banco Central, divulgada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, também indicava um crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro em 2024. O Ministério da Fazenda, por sua vez, projeta uma expansão de 2,5% para o próximo ano.