13/08/2024 às 11h19min - Atualizada em 13/08/2024 às 11h19min

Arroba em fortalecimento e a real expectativa de preços no último trimestre de 2024

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
A pecuária de corte brasileira segue o momento sazonal e, em algum nível, alguns posicionamentos mostram o começo de virada de ciclo. A baixíssima oferta de gado pronto para o abate em algumas praças, o cenário climático trazendo dificuldade para entrega de animais a pasto, a espera da indústria por animais do primeiro giro de confinamento, a redução na participação de fêmeas nos abates SIF, mas com abates gerais ainda bastante robustos.
 
Os fatores citados no primeiro paragrafo, somados a um abate mensal que é recorde todo mês desde janeiro e as exportações de carne bovina, igualmente recordes (nem nas olimpíadas se quebrou e reestabeleceu tantas marcas novas), mostram que a arroba do gado pronto tem e vai continuar a valorizar, mas nada muito intenso, como altas elevadas e preços realmente fortes como já foram.
 
Assim como os valores pagos pela arroba do gado pronto foram muito superiores, dois outros elementos também foram muito maiores: o custo de produção pecuário e o preço da tonelada da carne bovina, em dólares, pago pelo principal importador, a China. Faço apenas um apêndice na questão da exportação/importação, em 2024, a receita da indústria frigorífica exportadora em moeda brasileira (Real), nunca foi tão alta e a relação de aquisição de matéria-prima X venda do produto final altamente positiva para setor, até mesmo o não exportador.
 
Volto a carga do tema custo de produção, preço da arroba e valor pago pela carne bovina, pois, ainda que acelerado, quando o valor da arroba estava em torno de R$ 315,00 ou R$ 320,00, haviam poucos que conseguiam travar neste valor, poucos pecuaristas conseguiam uma boa relação de custo de produção e venda final. As margens eram, no final das contas, apertadas. Com isso, uma observação e, aqui no Canal do Pecuarista, há colunistas que falam exatamente de como melhorar o desempenho dentro da porteira. Pois em nossa coluna, De Olho no Mercado, sempre trazemos a seguinte máxima: o fator mais importante do negócio é a margem de renda. Nada é mais relevante que melhorar o sistema e reduzir o custo de produção, tendo em vista um mercado determinado a não pagar muito mais (falo da China por reestabelecer um teto nos valores pagos pela tonelada da carne bovina).

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