Os preços do milho voltaram a registrar queda em diversas regiões monitoradas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Essa retração está ligada à oferta elevada do grão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e à diminuição da demanda por parte dos consumidores. No Brasil, a colheita da segunda safra está quase concluída, o que pressionou ainda mais os preços. Nos Estados Unidos, a proximidade da colheita também afetou negativamente os contratos na Bolsa de Chicago.
De acordo com pesquisadores do Cepea, além da pressão exercida pela oferta elevada, a desvalorização do dólar e a baixa nos preços futuros limitaram os negócios nos portos brasileiros, reduzindo a paridade de exportação. Frente a esse cenário, parte dos vendedores demonstrou maior flexibilidade nas negociações, especialmente a partir do dia 8 de agosto, com o objetivo de liberar espaço nos armazéns ou garantir liquidez para quitar dívidas no final do mês. Entretanto, há também aqueles que preferem esperar uma possível recuperação dos preços após a conclusão da colheita no país.