08/08/2024 às 09h10min - Atualizada em 08/08/2024 às 09h10min

Mercado de frango mantém firmeza nos preços enquanto aguarda retomada das exportações

China e México retomam compras de frango do Brasil, mas Rio Grande do Sul ainda fica fora

- Da Redação, com Canal Rural e Notícias Agrícolas
Foto: reprodução

Apesar do embargo das exportações de frango em decorrência da doença de Newcastle, o mercado interno brasileiro mantém a firmeza nos preços, com o setor realizando o remanejamento dos volumes destinados à exportação. Segundo o Cepea, a demanda aumentada no início do mês e a oferta limitada estão sustentando os preços em algumas regiões, enquanto em outras, a baixa liquidez devido ao período de férias escolares tem pressionado as cotações para baixo.

 

Nesta quarta-feira, 07, a cotação do frango no Paraná se manteve estável em R$ 4,56/kg, enquanto em Santa Catarina, o frango vivo foi negociado a R$ 4,38/kg, de acordo com a Epagri. Em São Paulo, os preços na granja se mantiveram em R$ 5,30/kg, enquanto no atacado houve uma valorização de 1,30%, com o quilo sendo comercializado a R$ 6,42/kg.

 

O Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG) relatou uma variação positiva de 10,42% no preço do frango vivo, cotado em média a R$ 5,30/kg. O IFAG também mencionou que o preço do milho, fundamental na produção de frangos, segue em alta, pressionando ainda mais o setor, embora alguns produtores ainda contem com estoques adquiridos a preços menores.

 

China e México retomam compras de frango do Brasil

 

Durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), realizado em São Paulo, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, confirmou nesta quarta-feira (7) que a China e o México anunciaram a retomada das compras de carne de frango do Brasil. No entanto, as exportações do Rio Grande do Sul permanecem suspensas devido ao recente surto da doença de Newcastle no estado.

 

Santos expressou otimismo em relação à retomada das exportações do Rio Grande do Sul para a China, estimando que isso possa ocorrer dentro de 15 dias. Ele destacou o trabalho exemplar de erradicação do surto realizado pelos serviços técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria Estadual de Agricultura, que foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal.

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também defendeu a suspensão dos embargos, afirmando que a segurança sanitária da produção do estado está garantida. Leite ressaltou a importância da integração do setor produtivo, destacando a relevância de uma estrutura técnica capacitada e alinhada.

 

Durante o evento, lideranças do setor avícola debateram a demora na retirada dos embargos ao Rio Grande do Sul e pediram reforço do governo estadual e do Ministério da Agricultura para que os países que mantêm as restrições reconheçam o controle sanitário realizado no estado.

 

 

 

 

 

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