Após um mês de julho marcado por preços baixos e uma demanda enfraquecida, o mercado brasileiro de feijão carioca inicia agosto com sinais de recuperação. Segundo Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, a semana começou com ofertas predominantemente de sobras da semana anterior, enquanto a demanda por feijões comerciais aumentou, tornando-os escassos. Embora o preço máximo da saca de feijão carioca da cultivar Dama (nota 9,5) tenha alcançado R$ 245, as negociações permanecem limitadas devido à cautela dos compradores.
A terceira safra de feijão, caracterizada por alta qualidade e escurecimento lento, começou a entrar no mercado, principalmente de regiões como Minas Gerais, Goiás e Bahia. No entanto, a oferta ainda abundante da segunda safra mantém o equilíbrio entre oferta e demanda desafiador. Mesmo com um movimento inicial de alta nas pedidas por parte dos corretores, as negociações têm sido dificultadas pela expectativa de preços mais elevados.
O mercado de feijão preto também registrou preços firmes, com valores entre R$ 295 e R$ 305 por saca, apesar da falta de liquidez e negociações substanciais. A retração dos produtores e a espera por melhores oportunidades indicam uma possível elevação futura dos preços, à medida que a demanda gradualmente se fortaleça.