02/08/2024 às 09h22min - Atualizada em 02/08/2024 às 09h22min

Café abre agosto pressionado pela safra brasileira

Mercado futuro registra quedas nos principais contratos, enquanto clima no Brasil preocupa setor

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Reprodução
O mercado futuro do café arábica iniciou o mês de agosto com desvalorizações dos principais contratos nos terminais de Londres e Nova York.

Na cidade norte-americana, o contrato de setembro de 2024 caiu 195 pontos, sendo negociado a 227,25 cents/lbp. O contrato de dezembro de 2024 recuou 175 pontos, valendo 226,40 cents/lbp, enquanto março de 2025 teve queda de 155 pontos, sendo cotado a 225,35 cents/lbp. O contrato de maio de 2025 registrou uma baixa de 135 pontos, fechando a 223,45 cents/lbp.
 
Na capital inglesa, o tipo robusta também apresentou quedas. O contrato de setembro de 2024 caiu US$ 36 por tonelada, cotado a US$ 4225. O contrato de novembro de 2024 recuou US$ 33 por tonelada, valendo US$ 4083. O contrato de janeiro de 2025 registrou baixa de US$ 29 por tonelada, sendo negociado a US$ 3941, e março de 2025 teve queda de US$ 25 por tonelada, valendo US$ 3814.
 
Segundo análise do site internacional Barchart, os preços do café apresentaram tendência de queda nas últimas três semanas, atingindo mínimas de quatro semanas na última quinta-feira. A pressão da colheita de café no Brasil está contribuindo para a redução dos preços. Embora a colheita no Brasil esteja mais rápida, as condições climáticas adversas têm gerado preocupações no setor. Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, afirmou que a quebra na safra deve ficar entre 10% e 15%, e a cooperativa reduziu sua expectativa de recebimento para o ciclo atual.
 
Além disso, uma recuperação nos estoques de café da ICE, que estavam em níveis historicamente baixos, é vista como um fator negativo para os preços. Na última quinta-feira, os estoques de café robusta monitorados pela ICE subiram para uma alta de um ano, com 6.521 lotes, em comparação com a baixa recorde de 1.958 lotes registrada em fevereiro de 2024.
 
No Brasil, o mercado físico encerrou o dia com ajustes nos preços nas principais praças de comercialização do país. O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,71% em Guaxupé/MG, sendo negociado a R$ 1.420. Em Patrocínio/MG, houve uma queda de 0,35%, com o preço em R$ 1.425,00. Em Machado/MG, a desvalorização foi de 2,76%, com o preço a R$ 1.140, enquanto em Franca/SP, houve uma queda de 0,69%, com o preço a R$ 1.440.
 
Para o tipo cereja descascado, Guaxupé/MG registrou uma queda de 0,67%, com o preço a R$ 1.502,00. Poços de Caldas/MG manteve a negociação em R$ 1.490,00, Patrocínio/MG manteve o preço em R$ 1.460,00, e Varginha/MG também manteve o preço a R$ 1.480.

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