29/07/2024 às 09h23min - Atualizada em 29/07/2024 às 09h23min

Preços do arroz seguem firmes no brasil, mesmo com tendência baixista no exterior

Mercado brasileiro resiste à pressão internacional com cotações estáveis para o cereal

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: reprodução

O mercado do arroz no Brasil se mantém estável, com preços firmes para o cereal em casca, mesmo diante de um cenário internacional de queda. “No cenário externo, observa-se um viés baixista nos preços internacionais, devido à iminente entrada da grande safra dos Estados Unidos em setembro/outubro e à provável retomada das exportações pela Índia”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

 

A janela de exportação para o Brasil está cada vez mais curta, com os preços de exportação brasileiros atualmente entre US$ 40,00 e US$ 60,00 por tonelada acima dos praticados pelos Estados Unidos, principal concorrente. “Embora os embarques tenham sido bons e um possível superávit seja esperado em julho, as compras externas brasileiras seguem superando os embarques nesta temporada, o que deve resultar em um estoque de passagem maior, provavelmente acima de 1 milhão de toneladas”, aposta Oliveira.

 

Conforme o consultor, a Índia, após um longo período fora do mercado de exportação, está cada vez mais disposta a voltar a comercializar arroz, aumentando a concorrência global. No mercado interno, os preços nas gôndolas do arroz branco, Tipo 1, permanecem entre R$ 24,00 e R$ 26,00 para pacotes de 5 quilos de marcas comerciais e entre R$ 32,00 e R$ 35,00 para marcas nobres. “Os agentes esperam um maior giro nas gôndolas a partir de agosto, o que será crucial para sustentar as cotações diante da pressão externa”, acredita o analista.

 

A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, encerrou a quinta-feira, 25, cotada a R$ 116,96, apresentando um avanço de 0,79% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 3,60%, e um aumento de 36,10% quando comparado ao mesmo período de 2023.

 

 


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