16/07/2024 às 09h51min - Atualizada em 16/07/2024 às 09h51min
Boi gordo tem redução de oferta e carne bovina sobe no atacado
Fabiano Reis
Foto: Reprodução A segunda quinzena de julho começa com alguns fatores consolidados em torno do mercado do gado pronto no Brasil. Houve valorizações no preço da arroba em algumas praças, resultado da redução de oferta no país que gerou ligeira queda nos dias garantidos de abate para a indústria, ao mesmo passo que tenta “segurar” novas altas com a espera de animais oriundos de confinamento.
Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e algumas praças de Minas Gerais, o preço médio da arroba de boi gordo alcançou R$ 220,00, com sete, nove e dez dias de escalas garantidas, respectivamente, mostrando menor disponibilidade de animais para abate. Em São Paulo os preços médios atingem R$ 225,00 para o boi comum e R$ 230,00 para o “Boi China”.
A melhora no consumo interno de carne bovina melhorou, como era de se esperar, nas duas primeiras semanas de julho, trazendo o reabastecimento no varejo, que gerou demanda no atacado. Um fator que chama atenção é valorização da carne com osso no atacado e preços mais baixos no comércio varejista. Contudo, a alta deve refletir para o consumidor final em breve.
Um dos elementos mais fortes na cadeia produtiva da carne bovina brasileira está em dois fatores, os abates e as exportações. No segundo elemento citado, os recordes continuam e, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, nas duas primeiras semanas de julho a média diária de embarques totaliza 10,9 mil toneladas, volume 43,1% superior ao mesmo período do ano passado.
Com isso, o volume total exportado até o fechamento da segunda semana, é de 109,58 mil toneladas, com preço médio de US$ 4.415 mil por toneladas, queda de 6,9% se comparado a julho/23. Considerando as duas variáveis o faturamento totalizou US$ 483,811 milhões nos dias computados no mês atual.
