12/07/2024 às 14h18min - Atualizada em 12/07/2024 às 14h18min

Abates de bovinos devem seguir fortes no Brasil até o final do ano

Fabiano Reis
Foto: reprodução
O começo do mês de julho confirma as expectativas iniciais para o período com solidificação do valor da arroba para o pecuarista e escalas ligeiramente menores para a indústria frigorífica, agora em torno de 10 dias na média nacional. Em outra frente, a da demanda, temos as exportações seguindo em recorde de embarques na parcial de julho e recomposição de estoques no atacado e varejo brasileiro, fator que dá um “fôlego” a mais na demanda por animais para abate.
 
Em uma semana atípica, de feriado no estado de referência, São Paulo, (dia da Revolução Constitucionalista), temos estabilidade para os valores da arroba em outras praças relevantes para o mercado pecuário, como Goiás, que tem valores médios para arroba do boi gordo em R$ 210,00, para vaca gorda R$ 192,00 e novilha em R$ 200,00. Em Mato Grosso do Sul o boi gordo vem a R$ 216,00, vaca gorda R$ 197,00 e novilha em R$ 210,00.
 
Os abates de bovinos devem seguir fortes no Brasil em 2024, depois de um 1º trimestre com um total de 9,237 milhões de cabeças abatidas, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os meses seguintes, com informações preliminares, mostram um cenário de sequência expressiva, os três meses sequentes registram abates mensais acima de três milhões de cabeças ao mês. Por projeção estes números devem recuar, ligeiramente abaixo da marca de 3 milhões ao mês, entre agosto e setembro, mas já daria um total de cerca 26 milhões de cabeças abatidas entre abril e dezembro (projeção). É esperar os dados do IBGE, mas o movimento é intenso.
 
Para encerrar, os embarques de carne bovina, Real desvalorizado e a elevação de competitividade do produto brasileiro, explicam o forte abate, juntamente ao descarte de fêmeas e preços mais baixos pela arroba no Brasil. E a primeira semana de julho foi marcada por um volume exportado de 54,2 mil toneladas, média diária de 10,8 mil toneladas (+41,6%) frente ao mesmo mês do último ano. O valor médio da tonelada de carne bovina brasileira na parcial de julho apresenta recuo de 6% frente a julho/23, ao registrar R$ 4.436,00.
 

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