03/06/2024 às 08h52min - Atualizada em 03/06/2024 às 08h52min
Inundações no RS trazem dúvidas sobre tamanho da safra de soja no Brasil e preços reagem em maio
Produtores aproveitaram os repiques de preços para comercializar; câmbio também favoreceu o mercado no país
- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: reprodução Os preços da soja reagiram no Brasil e na Bolsa de Chicago em maio, período em que os produtores aproveitaram os repiques para comercializar. As inundações no Rio Grande do Sul trouxeram dúvidas sobre o tamanho da safra brasileira – que será menor que o esperado – e impulsionaram as cotações.
A saca de 60 quilos subiu no mês de maio de R$ 123,00 para R$ 133,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação avançou de R$ 123,50 para R$ 130,00 no período. Em Rondonópolis (MT), a cotação aumentou de R$ 116,00 para R$ 125,50.
No Porto de Paranaguá, a saca subiu de R$ 130,00 para R$ 138,00. Os prêmios, mesmo com o aumento da oferta, firmaram, basicamente pela presença da demanda chinesa, que, na prática, se concentrou na América do Sul.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho – o mais negociado – teve valorização de 4,86% em maio. Na manhã do dia 31 de maio, a cotação estava em US$ 12,19 1/2 por bushel. Mesmo com o bom avanço do plantio nos Estados Unidos e com a demanda fraca pelo produto americano, o prejuízo na produção gaúcha sobrepujou e garantiu a elevação.
O câmbio também favoreceu os negócios com a soja no Brasil. O dólar comercial acumulou valorização de 0,33%, atingindo R$ 5,2088. O adiamento nos cortes dos juros nos Estados Unidos e as preocupações fiscais no Brasil sustentaram a moeda.
Para junho, o mercado de clima nos Estados Unidos e os números efetivos da quebra na safra gaúcha devem dominar as atenções e impactar nos preços aqui e no exterior. Além do relatório mensal do USDA, no final do mês o mercado ficará conhecendo os dados consolidados sobre o plantio nos Estados Unidos.