28/05/2024 às 08h57min - Atualizada em 28/05/2024 às 08h57min
Arroba do boi gordo segue em queda com escalas se alongando
Fabiano Reis
Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura Com um cenário de pressão negativa crescente, a arroba do boi gordo segue em queda na medida na qual a oferta de boiadas no mercado cresce e, com isso, as escalas de abates de animais nas indústrias frigoríficas de alguns dos principais estados produtores do país. No lado da demanda, as exportações seguem em ritmo acelerado, com as parciais de embarques de maio de 2024 superando o mesmo mês no ano passado integralmente.
Os dias garantidos de abates nas indústrias frigoríficas têm se elevado com muito expressão nas últimas semanas e os compradores conseguem fazer aquisições de maneira menos cadenciada e até ficar longe da ponta compradora. A oferta expressiva de boiadas prontas para o abate, fruto do final da safra do “boi de capim”, somada a necessidade de ajuste de lotação, tem feito a média da escala subir para níveis expressivos, com média no centro-sul de 20 dias.
A média de dias garantidos de trabalho na indústria no Estado de São Paulo chega a 25 dias, a referência segue em R$ 225,00 por arroba, mas há muita proposta em R$ 223,00 pelo estado. Minas Gerais também conta com escala bastante alongada e alcança 21 dias, com arroba em R$ 205,00, mas propostas que se consolidaram nos últimos dias em R$ 200,00.
Mato Grosso do Sul está com 15 dias de escala e a arroba do boi gordo tem se mantido a R$ 215,00. Mato Grosso conta com um cenário semelhante e tem 12 dias garantidos de trabalho industrial e arroba, na média estadual, em R$ 210,00.
Para encerrar, as exportações de carne bovina seguem com volumes expressivos, alcançando até o final da quarta semana o volume de 178,8 mil toneladas, com média diária de 10,5 mil toneladas, superior em 37% ao mesmo mês no último ano. A média do preço da tonelada em US$ 4.516,00, inferior 11,5% a maio/23.