21/05/2024 às 11h13min - Atualizada em 21/05/2024 às 11h13min
Qual é a força da pressão negativa na arroba do boi gordo em 2024?
Fabiano Reis
Foto: Reprodução Mercado do boi gordo começou a semana em queda e sem uma postura definida na estratégia de compra de gado pronto, por parte da indústria frigorífica. Na verdade, é possível afirmar, não haver pressa neste processo, uma vez que a tendência é aumentar a oferta de animais para abate no curto prazo, fator que facilita o cenário para o comprador.
O aumento nas escalas é perceptível em todas as praças produtoras de gado do país, com maior ou menor intensidade. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as escalas estão em 15 e 16 dias, respectivamente. Em Goiás o número garantido de dias de trabalho fabril estão em 14 e na praça de referência, São Paulo e Minas Gerais, próximos a 20 dias.
A expectativa é que o período de maior pressão tenha sido “adiado” para a próxima semana, boa parte por conta da falta de pressa da indústria. Por outro lado, a maior parte dos analistas do mercado do boi gordo acreditam e, eu também, em começo da recuperação entre o final de junho e começo de julho.
Alguns questionamentos são bem relevantes para o ano de 2024. A intensidade dos abates de bovinos entre janeiro e abril, com participação histórica de fêmeas, o quanto deve influenciar o volume de animais disponíveis para abate no segundo semestre. Então, baseado já na valorização do bezerro (base Mato Grosso do Sul – Cepea) de nos leilões de referência neste estado, mostrando valores acima de R$ 10,70 e R$ 10,90 por quilo, mostram valorização e pontuam o que podemos esperar do comportamento de mercado no segundo semestre de 2024 e em 2025.
As exportações de carne bovina da indústria exportadora brasileira seguem expressivas. Até o fechamento da terceira semana de maio/24, com 10,6 mil toneladas embarcadas ao dia, quase três mil acima da média do mesmo mês no ano passado ou 24,6%. Os números, parciais, são da Secretaria de Comércio Exterior, que mostram ainda recuo de 10% no valor médio da tonelada, comparado ao ano de 2023, ficando em US$ 4.544 mil (contra US$ 5.095 mil). Com isso, o volume embarcado até o momento alcança 128,6 mil toneladas restando 10 dias úteis para serem computados.