15/05/2024 às 09h24min - Atualizada em 15/05/2024 às 09h24min

Mais Arrobas com eficiência de pastejo

João Menezes - Da Redação
Foto: reprodução
As pastagens são a forma mais eficiente e barata de produzir carne e leite, mas as forrageiras têm sua produção influenciada por diversos fatores, alguns incontroláveis como o clima e outros mais manipuláveis pelo produtor como adubação, irrigação e manejo. A ocorrência de pragas e doenças também afetam a produção de capim. Um fator totalmente que pode ser bem controlado, mas cuja execução é muito complicada é a utilização da forrageira de forma eficiente.

As forrageiras submetidas ao pastejo estão sujeitas ao pastejo pelo animal e essa interação é muito variável, pois em determinado momentos, onde as condições são favoráveis, se tem rápido acúmulo de massa, às vezes superior a capacidade de ingestão dos animais presentes naquela pastagem, havendo naquele momento sobra de forragem, porém em outros momentos, por diferentes condições, pode haver uma demanda de forragem superior ao desenvolvimento forrageiro, levando a um consumo excessivo com prejuízo da forrageira, por pastejo excessivamente intensivo e, em alguns casos, podendo levar aquela pastagem à degradação.

O pastejo eficiente deve permitir o melhor aproveitamento do capim, pois toda forragem ofertada pode ser consumida pelos animais, sem permitir a degradação da forrageira, maximizando ganho de peso e produção por área. Quando as pastagens são bem manejadas, com boa eficiência de pastejo, mesmo pastagens menos produtivas proporcionam boas taxas de lotação (Tabela 1), portando ajustar a taxa de lotação, colocar o gado na hora certa e tirar na altura correta pode trazer tanto retorno quanto adubações ou troca da forrageira.

Tabela 1 – Taxa de lotação (UA/ha) em função do acúmulo de massa de forragem (t MS/ha.ano) e da eficiência de pastejo.



Uma pastagem com acúmulo anual de 50 t MS / ha, com eficiência de pastejo de 30%, tem a mesma taxa de lotação que uma com 25 t MS/ha.ano com 60% de eficiência de pastejo. Eficiências de pastejo muito baixas, levam a perda de forragem de qualidade que poderia ser consumida pelos animais e muito alta, pode ser um pastejo tão intenso que não preserva a forrageira levando a pastagem à degradação.

O esforço investido nas pastagens e no operacional de manejo adequado do gado é refletido diretamente na produção de carne e leite por área, principal indicado de uso eficiente da terra.

As forrageiras, além de ter as necessidades fisiológicas e nutricionais como as demais plantas, ainda têm que suportar o pastejo e a eliminação de seu material fotossintetizante, ou seja, tem que suportar o seu corte periódico, com consequente estres da rebrota.

O papel do manejador de pasto é encontrar esse equilíbrio onde há elevada eficiência de pastejo, porém com a preservação da planta forrageira. Esse equilíbrio é melhor conseguido com manejo por altura, boa divisão das pastagens, boa distribuição de aguadas e saleiros e monitoramento da condição das pastagens.
A eficiência de pastejo melhora o aproveitamento da forragem produzida em pastagens corretamente manejadas.

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