14/05/2024 às 08h57min - Atualizada em 14/05/2024 às 08h57min

Pressão negativa na arroba e recordes de abates e exportações

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
A semana começa com expectativa de pressão negativa, mas ainda conseguindo manter estabilidade com os preços para arroba do boi gordo na maior parte das praças produtoras brasileiras (comparado a última semana). O mercado entra na segunda quinzena do mês, após dias de consumo intenso de carne bovina no mercado doméstico, um acumulado de exportação no mês de maio (7 dias úteis) com forte ritmo diário de 10,7 mil toneladas e escalas industriais alongando pelo país.
 
Pressão na arroba já era esperada, como algumas vezes, escrevi por aqui, a sustentação de preços estava baseada na gestão de vendas do pecuarista brasileiro, que conseguiu “dosar” a oferta segurando os animais no pasto. Quem segurava o pasto era a chuva e ela é ausente em quase todo o Centro Sul há 30 dias, principalmente, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, parte do Paraná e Minas Gerais. O resultado é o alongamento das escalas pelos estados produtores, chegando a uma média de 15 a 17 dias nas indústrias consultadas.
 
As boiadas prontas para o abate, ganham mercado dando sustentação a uma oferta muito saliente e oferece as condições para preços mais baixos sendo colocados a disposição para os lotes de bovinos. É a sazonalidade esperada todo ano, mas que tem contornos diferentes em 2024.
 
Distinção sustentada no forte volume de abates no acumulado do ano e nas exportações de carne bovina, ambas com recordes, até o momento. O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou, na última semana, 9,24 milhões de cabeças de bovinos abatidos em algum tipo de serviço inspeção, alta de 24,1% frente ao mesmo período do ano passado.
 
No outro elo da cadeia produtiva, a Secretária de Comércio Exterior confirmou que o volume parcial exportado de carne bovina é de 75,4 mil toneladas até a segunda semana de maio ou em sete dias úteis. A média diária chama a atenção e está em 10,7 mil toneladas e, por enquanto, representa uma alta de 40,7% frente aos índices do último ano.
 
Para encerrar, o pecuarista que tem se informado sabia que a pressão viria. O que tem causado dúvida é o volume de gado disponível no final da safra de pastos, após quatro meses de abates intensos.
 
*Toda força e energia para a população do Rio Grande do Sul!

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