08/05/2024 às 09h31min - Atualizada em 08/05/2024 às 09h31min

Mais Arrobas com ácido guanidinoacético (gaa)

João Menezes - Da redação
Foto: reprodução
O uso de aditivos têm sido uma alternativa de melhoria do desempenho animal de bovinos. Alguns aditivos que apresentam respostas positivas em outras espécies, têm sido testadas também para bovinos com resultados positivos. 

O ácido guanidinoacético (GAA) é um composto que tem sido cada vez mais estudado e utilizado na nutrição animal, especialmente em animais de rápido crescimento, como frangos de corte e suínos. O GAA é o precursor natural da creatina, uma molécula essencial para o metabolismo energético das células, especialmente as células musculares, portanto, o uso de GAA na nutrição animal pode contribuir para um maior ganho de peso (mais arrobas) devido à melhoria do metabolismo energético e à otimização da utilização de nutrientes.

A creatina é um constituinte de importância crucial no metabolismo energético, principalmente das células musculares. Mais de 90% do pool de creatina está localizado no tecido muscular do animal. No corpo, a creatina é formada na síntese por metilação do ácido guanidinoacético (GAA), que por sua vez é formado a partir dos aminoácidos glicina e arginina. No entanto, em animais de crescimento rápido, estima-se que apenas cerca de dois terços da necessidade diária de creatina são cobertos pela síntese do próprio corpo, enquanto o resto deve ser fornecido por adição à alimentação.

O fornecimento de GAA para galinhas, suínos e bovinos melhora o desempenho do crescimento através de um mecanismo que pode incluir aumento do IGF-1 sérico e conversão alimentar. A pesquisa científica tem identificado no uso de GAA, melhora no desempenho e crescimento através da utilização eficaz de nutrientes, com melhora o rendimento da carcaça, melhor uso da energia dietética e melhora a margem sobre o custo da alimentação.

O ácido guanidinoacético (GAA) pode melhorar o desempenho de crescimento de bovinos. Em estudo investigou as influências da adição de GAA no crescimento, digestão de nutrientes, fermentação ruminal e metabólitos séricos em touros, os resultados indicaram que a adição dietética de 0,6 ou 0,9 g/kg de MS de GAA melhorou o desempenho de crescimento, digestão de nutrientes e fermentação ruminal em touros (Tabela 1).
 
Tabela 1 - Efeitos da suplementação com ácido guanidinoacético (GAA) sobre o consumo de MS (CMS), ganho médio diário (GMD) e conversão alimentar (CAA) em touros Angus (Li et al, 2020).



Médias com letras diferentes em cada linha, diferem significativamente (P < 0,05).

Controle, baixo GAA (LGAA), médio GAA (MGAA) e alto GAA (HGAA) com adição de 0, 0,3, 0,6 e 0,9 g/kg DM GAA, respectivamente.

Alguns trabalhos mostram que a melhor resposta ao GAA ocorre quando este é fornecido associado à suplementação de metionina e, portanto, a viabilidade do fornecimento em conjunto tem que ser melhor estudada.

O aditivo alimentar GAA pode ser usado para melhorar o crescimento desempenho, eficiência alimentar e digestão de nutrientes em touros. A adição de GAA às dietas de touros teve um impacto benéfico na produção de AGV no rúmen, crescimento microbiano e enzima atividade.

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