30/04/2024 às 10h34min - Atualizada em 30/04/2024 às 10h34min

Próximos 10 dias devem ser positivos para arroba do boi gordo

Fabiano Reis - Da redação
Foto: reprodução

Todos os dias, ao verificar os negócios com boi gordo no País, deparamos com um cenário no qual a indústria precisa pagar um pouco mais pelo gado pronto e tem pago. A gestão de vendas dos pecuaristas brasileiros, somado a forte e histórico volume de vendas de fêmeas no acumulado do ano (fator que retira parte da pressão da oferta de vacas e novilhas no momento) e as pastagens que seguem como diferencial competitivo para o produtor rural.

Em linhas gerais, pela lógica do mercado, devemos ver e estamos vendo um assédio da indústria maior nesta semana e que deve alcançar o ápice na próxima. No combinado de fatores, o mercado consome mais na primeira quinzena do mês e a indústria já está pagando mais para defender suas escalas. O resultado deve ser elevação de preços no curto prazo. 

Ainda falando de indústria, os dados parciais de abates SIF no Brasil para abril mostram uma redução na participação de fêmeas frente aos três meses anteriores. E o volume é alto, de machos e de fêmeas, o que explica o recorde de produção e exportação de carne bovina brasileira no mês que encerra nesta terça-feira. Houve antecipação de abates de fêmeas, os volumes foram muito fortes, principalmente em praças produtoras como Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. 

Ao passo que o momento é favorável para o vendedor, o pecuarista, provavelmente, na segunda quinzena do mês de maio, com o solo mais seco e redução nas precipitações chuvosas, devemos ver arrefecimento nas cotações, algo normal para o período, mas se parte volumosa das fêmeas já foi descartada e os abates, no geral, seguem fortes, é possível que o impacto seja reduzido. Um fator a mais neste ano é a onda de calor iniciada na semana passada e que deve perdurar até o dia 10 de maio, de acordo com os meteorologistas. 

Para a semana, como já expresso, devemos ver os estoques do atacado paulista de carne bovina em recuo, a indústria avançando nas propostas de compra e a arroba ganhando força.

 

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