23/04/2024 às 11h15min - Atualizada em 23/04/2024 às 11h15min

Ritmo forte na cadeia produtiva da carne bovina, fortalece arroba do boi

Fabiano Reis - Da Redação
Foto: reprodução
Todos os cenários vão apontando para o fortalecimento dos negócios na cadeia produtiva da carne bovina, com médias históricas de exportação de carne bovina, valorização do bezerro, boi magro e, quem diria, até a arroba da vaca teve valorização em algumas praças. O ritmo de abates segue expressivo, ainda com grande participação de fêmeas, mas em redução na composição das escalas.
 
O nível de abates no Brasil segue elevado, com a escala industrial ainda em bons sete ou oito dias, mas com visível redução de dias garantidos de trabalho fabril, estavam entre 10 e 11 dias. Outro fator importante, devemos confirmar quando tivermos o movimento de abates de abril fechados, é a redução na participação de fêmeas nas escalas, ainda é bastante presente, mas menor. O fator oferece mais competitividade para a arroba do boi gordo.
 
A competitividade do boi gordo é também baseada nas chuvas, nas últimas semanas, meses, ao depender dos estados, ao proporcionar maior volume de pastagens disponíveis e, posso estar errado, mas vou acrescentar também uma certa antecipação da liquidação de fêmeas para o abate. Basicamente, ainda vamos ver um volume maior de animais disponíveis para a atividade industrial e os preços cedendo, quando as pastagens estiverem menos vigorosas (final de maio, talvez junho), mas até lá, a estratégia de vendas do pecuarista tem funcionado muito bem e conseguido limitar uma formação de escala industrial mais robusta.
 
Se o volume de abates segue elevado no país, a produção de carne bovina também, evidentemente. O consumo doméstico está com bons patamares, mas o fator “fora da curva” são as exportações, em recorde de volume embarcado nas parciais do mês de abril. De acordo com a Secex  - Secretária de Comércio Exterior o volume exportado atingiu 155,9 mil toneladas no fechamento da terceira semana de abril/24, faltando sete dias para serem computados ainda. Durante todo o mesmo mês no ano anterior, o volume exportado foi de 110,1 mil. A média diária de embarques atinge 10,3 mil toneladas e é quase 70% superior ao registrado ano passado. O preço médio da tonelada embarcada é 5% menor na comparação sazonal e atinge US$ 4,528 mil.
 
Para fechar o artigo, ressalto as sinalizações do mercado futuro em torno do boi gordo. Nesta terça-feira, 23 de abril, os negócios começaram em R$ 248,00 para o contrato de outubro; novembro em R$ 249,35 e dezembro chegando a R$ 255,55. Os fatores mostram cenário interessante para confinadores e também para o pecuarista de maneira geral. Tanto para quem produz gado magro, quanto para quem faz a terminação.
 
 

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