18/04/2024 às 10h18min - Atualizada em 18/04/2024 às 10h18min
Dólar interrompe sequência de cinco altas e fecha em baixa
O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2445 reais na venda, em baixa de 0,46%
- Reuters
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Nesta quarta-feira (17), o dólar à vista interrompeu uma sequência de cinco sessões consecutivas de ganhos e fechou a sessão em baixa ante o real, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior e com investidores realizando os lucros mais recentes. O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,2445 reais na venda, em baixa de 0,46%. Em abril, no entanto, a divisa acumula alta de 4,56%. Às 17h34, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,90%, a 5,2475 reais na venda. “Houve uma realização de lucro, e todo mundo estava esperando por isso”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista de câmbio da Manchester Investimentos, ao justificar a queda do dólar ante real.
No início desta semana, o governo anunciou redução da meta fiscal para 2025 de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero, o que foi mal-recebido pelo mercado. As preocupações com a área fiscal voltaram a fazer preço durante a tarde desta quarta-feira (17), em especial no mercado de juros futuros, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicar que a incerteza pode reduzir o ritmo de cortes da taxa básica Selic.
Além disso, Campos Neto defendeu que o Brasil tem uma taxa de câmbio flutuante e por isso o BC só deve intervir no dólar em casos de disfuncionalidades. “Pensamos que o câmbio é flutuante, e isso é muito importante, é um absorvedor de choques que tem uma função muito relevante ao nos dizer onde a demanda por proteção está e o porquê”, disse o presidente do BC em reunião com investidores em Washington, nos EUA. “Não reagimos ao fato de que as pessoas estão reprecificando nosso prêmio de risco”, acrescentou. Na prática, Campos Neto afastou especulações presentes no mercado nos últimos dias de que o BC poderia — ou deveria – realizar leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) ou operações extras de swap para conter a escalada do dólar.