O mercado brasileiro de soja demonstrou preços firmes, com variações de estáveis a mais altas em diversas regiões do país nesta terça-feira, 16. A alta do dólar foi apontada como um dos principais fatores que impulsionaram as cotações, conforme indicado pela Safras Consultoria. Apesar do aumento na movimentação do mercado, ainda não foram realizadas negociações de grandes volumes.
Em Passo Fundo (RS), o preço da saca de 60 quilos permaneceu em R$ 123, enquanto na região das Missões o valor se manteve em R$ 122 por saca. No Porto de Rio Grande, o preço ficou estável em R$ 129. Já em Cascavel (PR), o valor da saca permaneceu em R$ 122, assim como no porto de Paranaguá, onde o preço seguiu inalterado em R$ 130.
Em algumas regiões, como em Dourados (MS), houve um aumento no preço da saca, passando de R$ 115 para R$ 116. Em contrapartida, em Rondonópolis (MT), o preço permaneceu em R$ 116. Em Rio Verde (GO), a cotação subiu de R$ 114 para R$ 115
No mercado internacional, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram o dia com preços mais baixos. A alta do dólar em relação a outras moedas, juntamente com um clima de aversão ao risco nos mercados financeiros globais, contribuiu para reduzir a competitividade do produto dos Estados Unidos em comparação com o sul-americano, impactando negativamente as cotações.
Além disso, a boa evolução do plantio nos Estados Unidos contribui para um cenário fundamental desfavorável para a oleaginosa. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a área plantada de soja estava em 3% até 14 de abril, em linha com o mesmo período do ano anterior, porém acima da média histórica.
Diante desse cenário, os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com queda, refletindo a pressão do mercado internacional. O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,65%, sendo negociado a R$ 5,2682 para venda.