10/04/2024 às 09h05min - Atualizada em 10/04/2024 às 09h05min
Dólar cai para R$ 5 sob expectativa de dados de inflação
Bolsa sobe 0,8%, impulsionada por alta internacional do ferro
- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução Em um dia de relativa calma nos mercados internacionais, o dólar registrou queda e aproximou-se da marca de R$ 5, fechando no menor nível do mês. Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira alcançou o maior patamar em 40 dias, impulsionada pela alta no preço internacional do minério de ferro. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (9) sendo negociado a R$ 5,007, representando uma queda de R$ 0,034 (-0,67%).
Embora a cotação tenha operado em baixa ao longo de toda a sessão, não chegou a ficar abaixo de R$ 5 em nenhum momento do dia.
Este é o menor valor registrado desde o dia 27 de março, quando a moeda americana fechou em R$ 4,98. No acumulado de abril, o dólar apresenta uma queda de 0,16%, contrastando com o cenário de alta observado ao longo de 2023, quando a moeda subiu 3,17%.
No mercado de ações, o destaque foi para a recuperação observada. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.890 pontos, apresentando um aumento de 0,8%. Esse valor registrou alta pelo segundo dia consecutivo e alcançou o maior nível desde 28 de fevereiro.
Dois fatores contribuíram para um ambiente de alívio no mercado global após as turbulências das últimas semanas. O primeiro foi a redução na taxa dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, ocorrida na véspera da divulgação dos dados de inflação na maior economia do mundo. Essa redução estimulou a migração de recursos para economias emergentes.
Entretanto, há o risco de que, caso a inflação nos Estados Unidos supere as expectativas, as taxas dos títulos norte-americanos voltem a subir, exercendo pressão para uma valorização do dólar em escala global, o que poderia recriar a instabilidade vista nos mercados recentemente. Nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de inflação referentes ao mês de março no Brasil.
O segundo fator que beneficiou o mercado financeiro no Brasil foi a significativa alta no preço internacional do minério de ferro. Nos últimos dois dias, o valor da tonelada do minério subiu cerca de 8%, impulsionado pelo aumento da demanda na China, principal consumidora de matérias-primas do mundo.
