08/04/2024 às 09h14min - Atualizada em 08/04/2024 às 09h14min

Frigoríficos estão em alerta com propagação da gripe aviária entre bovinos

Análise aponta os potenciais impactos da gripe aviária nos frigoríficos brasileiros e suas estratégias de mitigação de riscos

- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Reprodução
A recente detecção de um caso de gripe aviária em um humano nos Estados Unidos, que teve contato com vacas-leiteiras, tem gerado preocupações sobre os possíveis impactos nos frigoríficos, especialmente em empresas como Minerva, JBS e Marfrig.

O vírus influenza A (H5N1), responsável pela doença, apresenta uma propagação que, embora inicialmente associada a aves selvagens, pode também afetar galinheiros e, neste caso, rebanhos bovinos. Essa é apenas a segunda ocorrência desse tipo registrada na história dos EUA, desta vez afetando mamíferos, incluindo vacas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou a contaminação em 13 rebanhos de leiteiros em seis estados americanos, destacando a preocupação em torno da segurança alimentar. O controle rigoroso na separação do laticínio visa evitar a comercialização de produtos advindos de animais infectados, mas a incerteza persiste.

Os analistas da Genial Investimentos, Igor Guedes, Lucas Bonventi e Rafael Chamadoira, apontam que o maior risco para empresas do setor de proteínas é a possível restrição de embarques, especialmente para a Ásia, um mercado crucial para essas companhias.

A história recente, como o caso atípico de Vaca Louca em 2021, quando a China restringiu os embarques, serve como alerta. Minerva foi drasticamente afetada, dada sua forte exposição à exportação para a Ásia, seguida em menor grau por JBS e Marfrig.

No cenário atual, é cedo para avaliar o impacto completo da situação, mas analistas apontam que qualquer restrição à demanda poderia impactar negativamente os resultados das empresas. Minerva, devido à sua maior exposição ao mercado asiático, poderia ser mais afetada.

No entanto, a situação apresenta dinâmicas complexas. Restrições à venda no mercado interno dos EUA afetariam mais diretamente JBS e Marfrig, que possuem participações significativas no mercado americano.

A incerteza em torno desses eventos levou os analistas a revisarem suas recomendações. Para Minerva, mantêm a recomendação de compra, mas com um preço-alvo reduzido. Para JBS, a recomendação também é de compra, enquanto para Marfrig, permanece neutra, com uma revisão no preço-alvo. Quanto à BRF, a recomendação é neutra, com ajustes no preço-alvo, refletindo as incertezas do momento.

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