02/04/2024 às 09h22min - Atualizada em 02/04/2024 às 09h22min

Boi gordo começa semana com alta em São Paulo

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
Abril começou com uma importante alta para arroba do boi gordo na praça de referência, São Paulo, alcançando a marca de R$ 227,00 por arroba na média do estado para o boi comum. Outros estados também apresentaram melhora nos preços praticados com elevações após a Semana Santa.
 
O momento é propício para altas no curto espaço de tempo. Nos últimos dias a movimentação de mercado foi mais fraca, com o pecuarista saindo da ponta vendedora nas situações quais a indústria frigorífica “testou” a resistência de preços. Outro elemento importante se dá com uma ligeira redução nos dias garantidos de trabalho industrial, a escala. Entretanto, apesar da diminuição ainda há folga no trabalho industrial.
 
Soma-se a este cenário o começo do mês que traz um aquecimento no consumo de carne bovina no Brasil, através do recebimento de salários. Não se deve esquecer que se durante a Semana Santa houve redução no consumo no último Domingo, Páscoa, tivemos uma espécie de explosão de consumo.
 
Há relevantes ganhos no mercado do boi gordo na abertura da semana, o que traz expectativa interessante para os próximos dias, alicerçadas, em parte pelos argumentos já descritos. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, houve ganhos que tiraram da média de R$ 217,00 por arroba, para R$ 219,00/@. Paragominas, Pará, também tem destaque com elevação de R$ 0,30, indo para R$ 223,30. Em São Paulo, a média alcançou R$ 227,00, melhora substancial.
 
Enquanto temos um cenário que traz muito incomodo ao bolso do pecuarista brasileiro, observamos a forte redução de fêmeas no plantel nacional. Recentemente, comentei aqui os números do Mato Grosso, com abates em fevereiro/24 totalizando 615 mil cabeças, com alta de 37% frente ao mesmo período do último ano e 56% de participação de fêmeas. Os dados de Mato Grosso do Sul trazem um abate no total, de acordo com a Iagro - Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS, 362,1 mil cabeças no segundo mês de 2024 (+34,5%), somando uma participação de fêmeas no primeiro bimestre de 46,1%.
 
Com isso, reforço o cenário cada vez mais consolidado. Em 2025 haverá fortes dificuldades para aquisição de bezerros desmamados no Brasil. A recuperação de preços em todas as categorias devem começar no próximo ano no país. Também, não deixemos de lado os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresentados há pouco mais de um mês, no qual o se mostra o rebanho norte-americano com o menor contingente desde 1951. Os desdobramentos do cenário vamos acompanhar nos próximos meses, melhor dizer, anos. O importante é estar preparado.

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