26/03/2024 às 09h33min - Atualizada em 26/03/2024 às 09h33min
Semana de pressão baixista no mercado físico do boi gordo
Fabiano Reis
Foto: Raquel Brunelli D Avila / Embrapa Pantanal Mercado do boi gordo abriu a segunda-feira de lado e deve permanecer desta forma durante a semana. Além disso, 16 estados e o Distrito Federal ganharam o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, as exportações de carne bovina brasileira seguem expressivas na parcial de março, cotações no mercado físico foram mais pressionadas e os negócios com a arroba do boi no mercado futuro, nas posições de outubro e novembro, fecharam em R$ 243,00 por arroba.
Chamou a atenção o valor da arroba do boi gordo em São Paulo, praça de referência, que fechou a R$ 221,50, em nova pressão de mercado, já que na sexta-feira recuava para R$ 225,00. Em Mato Grosso do Sul também houve recuo de R$ 215,00 para R$ 212,00 a arroba. Em Goiás a sexta-feira tinha preços em R$ 210,00 e hoje os valores já estavam em R$ 207,00 a arroba. Os negócios têm pressão e propostas abaixo da referência em uma semana, Semana Santa, na qual já era esperado este tipo de pressão. Quem fechou em alta foram alguns contratos de boi gordo no mercado futuro da B3, apesar do baixo volume de contratos, outubro fechou em R$ 243,00 (+0,10%) e novembro também a R$ 243,00 (+0,37%).
As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, de março de 2024, alcançou 139,9 mil toneladas até a quarta semana do período, superando em 12,55% as 124,3 mil toneladas do mesmo mês no último ano. A média diária exportada ficou em 8,7 mil toneladas, alta de 61,7% frente ao mesmo período do último ano.
A tonelada atingiu preço médio de US$ 4,526 mil por tonelada, recuo de 5,9% se comparado a março de 2023,com média de US$ 4,811 mil por tonelada. Até o momento, a receita da indústria frigorífica exportadora atingiu US$ 633,395 milhões.
A semana começou com a publicação da Portaria nº 665, do Ministério da Agricultura, no Diário Oficial da União, com reconhecimento nacional como áreas livres de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
A Portaria proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nos estados, agora livres de febre aftosa sem vacinação, restringe a movimentação de animais e de produtos desses locais para as áreas que ainda praticam a vacinação no país. As proibições começam no próximo dia 2 de maio e seguem até a OMSA - Organização Mundial de Saúde Animal, conceda, internacionalmente, o mesmo reconhecimento.