Os futuros do óleo de soja na Bolsa de Chicago registraram uma alta de quase 3% nesta segunda-feira (25), impulsionando os ganhos de mais de 1% entre os preços da soja em grão, em um movimento amplamente influenciado pelo mercado de derivados. As posições mais negociadas dos derivados apresentaram ganhos substanciais, com destaque para o contrato de maio, que fechou o dia com 2,9% de valorização, atingindo 49,01 cents de dólar por libra-peso, enquanto o contrato de julho avançou 2,8%, alcançando 49,56 cents/lp.
Consequentemente, os contratos do grão também registraram altas entre 10 e 15 pontos, com o contrato de maio cotado a US$ 12,07 por bushel e o contrato de agosto a US$ 12,17 por bushel. Os preços do farelo de soja também apresentaram aumento, com a posição mais negociada (maio/24) atingindo US$ 340,90 por tonelada curta, representando uma alta de 0,53%. Os demais contratos apresentaram valorizações de 0,1% a 0,4%.
O analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, destacou que o aumento nos preços do óleo de soja está relacionado à escassez na oferta, especialmente em contraste com a redução na disponibilidade de óleo de palma e girassol. A valorização parcial acumulada pelo óleo de soja em março chega a quase 8%, impulsionada pelo avanço do óleo de palma.
No cenário internacional, preocupações sobre a disponibilidade de óleo vegetal surgiram devido à diminuição das exportações de óleo de palma da Indonésia nos primeiros meses do ano, causando um aumento nos preços e tornando o óleo de soja mais competitivo. Entretanto, apesar desses ganhos, a demanda internacional pela soja brasileira permanece limitada, impactando o potencial de alta dos preços.
No mercado brasileiro, a baixa do dólar foi compensada pelas altas em Chicago, resultando em bons negócios para a soja. Os indicativos de preço variaram entre R$ 108 e R$ 117 por saca no mercado de balcão, enquanto nos portos, os preços chegaram a testar R$ 126 no spot e alcançaram até R$ 131 para o contrato de julho. Os prêmios também mostraram leve melhora em relação à semana anterior, com demanda interessante para as posições do meio do ano.