22/03/2024 às 09h32min - Atualizada em 22/03/2024 às 09h32min

Ministério da Fazenda reduz previsão oficial de inflação para 3,5% em 2024

Estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 2,2%

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: José Cruz / Agência Brasil
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda reduziu de 3,55% para 3,5% a projeção de inflação oficial em 2024. A estimativa para o crescimento da economia foi mantida em 2,2%. As previsões estão no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (21).
 
A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está dentro da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%. Para 2025, a estimativa avançou de 3% para 3,1%.
 
A SPE observou um impacto menor do fenômeno El Niño sobre os preços dos alimentos, do etanol e das tarifas de energia elétrica do que o previsto, assim como ocorreu com os reajustes recentes de preços monitorados, incluindo licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia.
 
A desaceleração da inflação nos serviços influenciou a revisão para baixo. Outro fator que contribuiu para segurar a inflação é a economia internacional. De acordo com a SPE, os preços de bens industriais ainda se beneficiam com o excesso de capacidade ociosa na China.
 
Quanto aos índices de inflação, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) permaneceu estável, com variação de 3,25% e 3,5%, respectivamente, para este ano.
 
No que diz respeito ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de 2,2% para 2024 permanece, refletindo uma expectativa de crescimento mais equilibrado, com avanços em setores cíclicos e na absorção doméstica. Entretanto, a SPE ressalta que esta projeção foi feita antes da divulgação de dados recentes que indicaram um crescimento acima do esperado no comércio e nos serviços.
 
Embora a projeção geral para o crescimento econômico permaneça estável, houve revisões nas estimativas por setor produtivo, com destaque para uma redução na previsão de crescimento da agropecuária e um aumento nas projeções para os serviços e a indústria.
 
O Boletim Macrofiscal é fundamental para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (22), orientando as previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e nos gastos do governo, levando em conta o PIB e a inflação em seus cálculos.

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