O mercado brasileiro de soja registrou alta nos preços no final desta quarta-feira (20). Os produtores em todo o país registraram vários negócios, tentando aproveitar essas altas. A Bolsa de Chicago foi o que favoreceu o tom positivo.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira com valores mais elevados. Este aumento ocorreu após a definição da política monetária pelo Banco Central Americano (Fed) e a divulgação de novas previsões para a economia dos Estados Unidos nos próximos anos, o que ampliou consideravelmente a alta.
Antes da decisão do Fed, um movimento de cobertura por parte de fundos e especuladores, juntamente com o anúncio de venda de produtos americanos para a China, asseguraram o aumento dos preços, apesar do cenário fundamental ainda negativo.
O Fed manteve as taxas básicas americanas sem grandes surpresas, porém, aumentou significativamente a previsão para o crescimento do PIB americano nos próximos anos, indicando uma economia aquecida. Isso foi suficiente para impulsionar as cotações da soja.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja por parte dos exportadores privados para destinos não revelados. Essa informação ajudou nas compras técnicas, apesar do sentimento contrário de que a demanda está gradualmente se deslocando para a América do Sul.
Os agentes do mercado começaram a se posicionar em relação ao importante relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos, que será divulgado no dia 28 pelo USDA.
Os contratos de soja em grão com entrega em maio fecharam com um aumento de 24,00 centavos de dólar, ou 2,02%, a US$ 12,09 1/2 por bushel. A posição de julho foi cotada a US$ 12,23 1/4 por bushel, com um ganho de 23,00 centavos ou 1,90%.
Quanto aos subprodutos, a posição de maio do farelo fechou com alta de US$ 8,60 ou 2,57%, a US$ 342,50 por tonelada. Enquanto isso, os contratos com vencimento em maio para o óleo fecharam a 49,00 centavos de dólar, com um aumento de 0,84 centavo ou 1,72%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,09%, sendo negociado a R$ 4,9739 para venda e a R$ 4,9719 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9720 e a máxima de R$ 5,0336.