19/03/2024 às 09h04min - Atualizada em 19/03/2024 às 09h04min
Mercado do boi é estável enquanto durar a pastagem
Fabiano Reis
Foto: Reprodução Estamos na segunda quinzena do mês de março, com aproximação da Semana Santa, o que representa um período mais fraco para o consumo de carne bovina e que tem sido de tranquilidade para o mercado atacadista. Tudo isso, em meio ao claro posicionamento do cenário mercadológico montado entre a indústria frigorífica e os pecuaristas brasileiros. Se um pressiona, o outro resiste e os preços têm se mantido estáveis.
Também, preciso citar a empolgação que o mercado viveu na última terça-feira, por uns dois dias, após a confirmação das plantas frigoríficas para exportação de carnes para a China, aprovando 25 plantas frigoríficas para a pecuária bovina de corte. O que de fato é bom, em especial nas regiões nas quais não havia este tipo de abate, mas como tenho dito em meus programas no Canal do Boi desde a confirmação, a tendência é o “boi China” se tornar o padrão e aquele que hoje é o comum, receber deságio. E pode anotar: A estratégia da China é elevar o número de fornecedores e logo teremos outras empresas avalizadas para este tipo de exportação.
Desenvolvendo as ideias manifestadas no artigo desta semana, posso dizer que temos uma estabilidade vigente em quase todos os elementos da cadeia produtiva, uma tranquilidade que deve vigorar enquanto as pastagens estiverem mantidas e este é um motivo de preocupação para o pecuarista brasileiro. As escaladas industriais seguem folgadas, os compradores fazem suas aquisições “da mão para boca” e a resistência dos preços possui a força do pasto no campo. O que significa ser necessário uma estratégia de vendas por parte dos pecuaristas.
No mercado atacadista os preços também andam estáveis, com o quarto de traseiro R$ 18,10 por quilo, a ponta de agulha com média de R$ 13,65 por quilo, enquanto o quarto dianteiro segue em a R$ 14,00 por quilo.
As exportações de carne bovina seguem expressivas, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, até o fechamento da terceira semana de março. O volume alcançou 84,6 mil toneladas, com média diária expressivamente mais alta, de 42,3%, alcançando 7,6 mil toneladas ao dia. O preço médio como nos períodos anteriores, segue em queda de 6,4%, a US$ 4,505 mil por tonelada.