A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 6º Levantamento da safra de grãos 2023/24, apresentou uma estimativa de produção de 295,6 milhões de toneladas, segundo dados levantados nesta terça-feira, 12. Essa projeção representa uma queda de 7,6% em relação ao ciclo anterior, com desafios climáticos e variáveis ao longo do período de cultivo.
As adversidades climáticas foram determinantes para esta redução, com uma diminuição de 7,1% na produtividade média esperada, que agora se situa em 3.784 kg/ha. Desde o início da safra até meados de dezembro, as principais regiões produtoras enfrentaram condições climáticas desfavoráveis, resultando em perdas significativas na produtividade das culturas, especialmente na soja, principal produto cultivado.
A produção de soja, que representa uma fatia significativa da produção de grãos do Brasil, está projetada em 146,9 milhões de toneladas, indicando uma redução de 5% em comparação com a safra anterior. As baixas precipitações e as temperaturas acima do normal afetaram negativamente as regiões produtoras. No entanto, áreas onde o plantio ocorreu mais tarde estão se beneficiando de precipitações favoráveis, o que pode amenizar parte das perdas.
O milho segunda safra também enfrenta desafios, com uma expectativa de redução de 8,3% na área cultivada, estimada em 15,76 milhões de hectares. Ainda assim, as condições climáticas favoráveis estão facilitando o plantio em muitos estados, com exceção de partes de Mato Grosso do Sul.
Para o algodão, a perspectiva é de uma safra recorde, com aumento na área plantada e na produção da pluma. As exportações de algodão devem crescer consideravelmente, enquanto o consumo interno também está em alta.
No entanto, as projeções para as exportações de soja foram revisadas para baixo devido à queda na produção. O cenário de quebra de safra atual também levou a um aumento nas projeções de importações, principalmente para a soja.