A semana foi marcada por uma melhora nos preços domésticos da soja, impulsionada pelas valorizações dos prêmios, dos contratos futuros em Chicago e do dólar. Essa conjuntura favorável levou os produtores a retornarem ao mercado, encontrando compradores dispostos e reaquecendo a movimentação.
Em diversas regiões do Brasil, os preços da soja apresentaram variações significativas ao longo da semana. Em Passo Fundo (RS), por exemplo, houve um aumento de R$ 114 para R$ 117, enquanto em Cascavel (PR) os valores subiram de R$ 108 para R$ 113,50. Já em Rondonópolis (MT), ocorreu uma diminuição de R$ 108 para R$ 107, e no Porto de Paranaguá, os preços subiram de R$ 116 para R$ 121,50.
Mesmo com a entrada da safra sul-americana, os prêmios nos principais portos do país também apresentaram melhora. Esses movimentos positivos ocorreram em meio a um cenário fundamental negativo, mas foram impulsionados por uma correção técnica do mercado, com fundos e especuladores ajustando suas posições em antecipação ao relatório de março do USDA.
Além disso, o cenário cambial foi favorável aos preços domésticos da soja, com uma valorização de 0,5% no dólar comercial em relação ao real.
Enquanto isso, na Argentina, a produção de soja é prevista para dobrar em comparação com a safra passada, segundo o analista de Safras & Mercado, Bruno Todone. Apesar disso, as expectativas do USDA permaneceram inalteradas, sinalizando uma colheita de 50 milhões de toneladas para o país vizinho.
Por outro lado, as importações de soja em grão pela China nos primeiros dois meses do ano registraram uma queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo o menor patamar em cinco anos. Esse declínio foi atribuído às fracas margens de esmagamento e à menor chegada de navios devido ao feriado de Ano Novo Lunar.