05/03/2024 às 09h34min - Atualizada em 05/03/2024 às 09h34min

Brasil deve produzir, exportar e consumir mais carne bovina em 2024

Preços da arroba podem cair ainda em março

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
O artigo desta semana traz dois tipos de informação. Uma, em curto prazo, que deve acarretar queda no preço da arroba do gado pronto e outra, com potencial de dar liquidez para a produção, consumo e exportação de carne bovina brasileira e, em algum ponto, confirma a observação da primeira citada.
 
É cada vez mais evidente haver um grande abate de fêmeas nas praças produtoras brasileiras, o fator tem mantido a escala de atividade industrial elevada, oferecendo conforto para a indústria frigorífica que pode e tem ofertado preços mais baixos, pressionando o mercado.
 
Outro aspecto da cadeia produtiva da carne bovina é a expectativa de elevação na produção de carne bovina, no consumo interno e nas exportações brasileiras em 2024. As afirmações são confirmadas pelo escritório no Brasil do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em recente documento divulgado para os operadores de mercado. Ao observar o primeiro argumento, de maior produção de carne bovina, observe, acaba por confirmar a velocidade e oferta de fêmeas no Brasil.
 
Começo a argumentação com o documento apresentado pelo USDA em Brasília. Ele estima 11,37 milhões de toneladas (equivalente carcaça) de produção de carne bovina em 2024, uma elevação de 4% frente ao produzido no último ano. Dois fatores são alinhados pelo departamento para explicar a alta, a demanda externa consolidada, principalmente China e aumento no abate de animais Brasil.
 
As exportações brasileiras são esperadas em 2,95 milhões de toneladas de carne bovina, uma alta de 2% frente ao embarcado no último ano. Neste aspecto, também há considerações feitas pelo escritório do USDA no Brasil. Entre elas, forte demanda externa dos Estados Unidos e China e o próprio aumento da produção interna. Vale lembrar que em relatório recente do USDA, lá nos EUA, já trazia a dificuldade de produção dos norte-americanos, com o menor rebanho desde 1951.
 
Quem deve subir forte também em 2024 é o consumo doméstico no Brasil, com estimativa de 8,5 milhões de toneladas, alta de 4% frente ao último ano. De acordo com os dados do USDA a elevação dos abates e pequena melhora no fator econômico brasileiro.

Comecei pelo argumento positivo, afinal, ele traz uma previsão para o ano inteiro. Todavia, a parte negativa vem da expectativa da manutenção da grande oferta de animais durante este mês de março. Fator que deve elevar ainda mais as escalas e criar um cenário de preços mais baixos entre março e abril.

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