O mercado brasileiro de milho atravessou um período de oscilações ao longo do mês de fevereiro, marcado por variações nas cotações e no volume de exportações. No entanto, o cenário geral foi de queda, tanto nos preços internos quanto nas exportações do cereal.
Durante a primeira metade do mês, observou-se um movimento de alta nas cotações, impulsionado pela demanda crescente dos consumidores e pela estratégia dos produtores de reter as ofertas para venda. No entanto, esse panorama mudou drasticamente na segunda quinzena, quando os compradores reduziram sua presença no mercado, pressionando os produtores a baixar os preços.
A diferença entre os valores de compra e venda do milho manteve os compradores cautelosos, aguardando uma queda mais expressiva nos preços. Enquanto isso, os produtores, buscando liberar espaço nos armazéns para estocar a soja colhida e cumprir obrigações financeiras, aumentaram a oferta do cereal, o que contribuiu para a diminuição dos preços nas principais praças de comercialização do país.
Vários fatores influenciaram essa tendência de baixa, incluindo a redução das cotações no porto para a safrinha, a fraca demanda externa e a valorização do real em relação ao dólar. No contexto internacional, apesar de uma leve recuperação na Bolsa de Chicago na última semana do mês, predominou um viés negativo, refletindo a expectativa de uma oferta global ampla, devido à safra recorde nos Estados Unidos e à perspectiva de uma boa produção na América do Sul.
Preços da saca de milho no Brasil em fevereiro
Média nacional: R$ 57,78 (baixa de 1,76% em relação a janeiro)
Cascavel, Paraná: R$ 58 (alta de 1,75%)
Campinas/CIF: R$ 64 (baixa de 1,54%)
Mogiana Paulista: R$ 59 (queda de 4,84%)
Rondonópolis, Mato Grosso: R$ 43 (queda de 4,44%)
Erechim, Rio Grande do Sul: R$ 57 (retrocesso de 1,72%)
Uberlândia, Minas Gerais: R$ 59 (baixa de 1,67%)
Rio Verde, Goiás: R$ 58 (inalterado)
Exportações
Receita de US$ 424,4 milhões em fevereiro, com média diária de US$ 28,2 milhões.
Quantidade total exportada: 1,6 milhão de toneladas, com média de 111,8 mil toneladas.
Preço médio da tonelada: US$ 252,90.
Comparado com fevereiro de 2023, houve uma queda de 24,9% no valor médio diário da exportação, uma redução de 11,5% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 15,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.