Após sucesso do Pix, DOC e TEC deixam de existir a partir desta sexta-feira

Com a popularização do Pix, ferramentas tradicionais de transferência se tornam obsoletas

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Após quatro décadas de serviço, o modelo de transferência via Documento de Ordem de Crédito (DOC) chega ao fim nesta quinta-feira (29). A partir de hoje, as ordens de DOC deixam de ser processadas, encerrando um capítulo importante na história das transações bancárias no Brasil, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, em transferências entre instituições financeiras distintas.

Juntamente com o DOC, também é encerrada a Transferência Especial de Crédito (TEC), uma modalidade em desuso utilizada por empresas para o pagamento de benefícios aos funcionários.

Nos últimos anos, o DOC e a TEC foram perdendo espaço gradualmente para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central que se tornou a preferência dos brasileiros. Criado em 1985, o DOC permitia o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo concluída no dia útil seguinte à ordem. No entanto, com a chegada do Pix, que oferece transferências instantâneas e gratuitas para pessoas físicas, o modelo do DOC tornou-se cada vez menos utilizado.

De acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, as transações via DOC somaram apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações realizadas no primeiro semestre de 2023, com um total de 18,3 milhões de operações. Comparativamente, o Pix liderou com 17,6 bilhões de operações, seguido por outras modalidades como TED, boletos e cartões.

Apesar do fim do DOC e da TEC, a Transferência Eletrônica Disponível (TED), utilizada principalmente para transferências de grandes valores entre diferentes instituições, continuará em vigor, representando uma opção viável para quem necessita de rapidez e segurança nas transações financeiras.