27/02/2024 às 09h33min - Atualizada em 27/02/2024 às 09h33min

Escalas de abates de bovinos em torno de 10 dias pressionam arroba do boi

Fabiano Reis
Foto: Reprodução
É possível afirmar que a arroba do boi gordo arrefeceu. Apesar dos fatores que contribuíram para lateralidade de preços e, em alguns casos, até estabilidade, em fevereiro, como melhora no consumo interno, por conta dos festejos de carnaval, aulas que voltaram, etc. O fato é que a segunda quinzena de fevereiro carrega uma média nacional de dias garantidos para abates na indústria frigorífica na casa de 10 dias e um fortalecimento para os frigoríficos pressionarem os pecuaristas, que ainda buscam resistência.
 
Há um volume considerável de animais para abatidos no acumulado de 2024, a produção de carne bovina ganha força e conta com expressiva participação de fêmeas. Este fator explica preços abaixo da referência para novilhas e vacas gordas em alguns estados brasileiros. Mesmo com o consumo interno maior do que no mesmo período no último ano e os embarques para exterior também mais elevados, a disposição de animais para abates chama a atenção e, ainda que ainda  não tenhamos os levantamentos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há a percepção de participação expressiva de fêmeas.
 
Apesar de algumas fontes de cotações estarem apontando valores mais altos em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul para a arroba do boi gordo, em R$ 225,00, os valores encontrados e comentados por pecuaristas, com poucas exceções, está em R$ 220,00. Em São Paulo os preços também se encontram com propostas abaixo da referência, com a indústria usando os 12 dias de escala, acima dos 10 na média nacional, para pressionar os valores.
 
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada bateram a marca de 9,5 mil toneladas embarcadas ao dia, 36,5% se comparado ao menos período sazonal do último ano, o que possibilitou a parcial de 143,4 mil toneladas no fechamento da quarta semana de fevereiro/24, de acordo com a Secretária de Comércio Exterior, 14% superior ao total embarcado em fevereiro de 2023. O preço médio da tonelada exportada segue sendo o principal desafio, por enquanto estabelecida em US$ 4.539 (-6,5%).
 
Para a semana devemos ver a indústria frigorífica exercendo tranquilidade nas compras e buscando testar os preços da arroba. As escalas estão sendo montadas para a partir dos dias 7 ou 8 de março. Contudo, o pecuarista ainda tem boa quantidade de pasto, mas não tem sido conservador para envio de fêmeas.
 

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