17/08/2021 às 12h00min - Atualizada em 17/08/2021 às 12h00min

Desemprego de longo prazo afeta mais jovens e mulheres, diz secretaria

A parcela da população que ficou sem emprego por dois anos ou mais cresceu de forma constante entre 2014 e 2019, aponta a nota técnica “Caracterização da Taxa de Desemprego de Longo Prazo Brasileira”, elaborada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia.

Partindo de 1,2% da força de trabalho em 2014, a taxa de desemprego de longo prazo [TDLP] atingiu 3,2% cinco anos depois, aponta a SPE. Em 2020, apresentou retração, chegando a 2,6%, provavelmente “resultante das medidas fiscais e de dinamização do mercado de trabalho adotadas ao longo de 2019 e início de 2020”, afirma.

O documento informa que esse grupo de desempregados é majoritariamente formado por mulheres, que representam dois terços do total. No corte por faixa etária, a parcela que tem de 17 a 29 anos corresponde a mais ou menos metade do contingente. Desse conjunto de jovens desempregados, aproximadamente 50% têm nível médio completo – outros 38% não têm sequer o nível médio e 12% tiveram algum contato com instrução de nível superior.

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, escreveu em suas redes sociais que a nota mostra a importância da aprovação da Medida Provisória 1.045, que cria um programa de primeiro emprego. “Ela facilita a inclusão de jovens e de pessoas desamparadas no mercado de trabalho”, defendeu. A matéria foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda apreciação pelo Senado.

A nota cita estudo segundo o qual há perda de capital humano à medida que a pessoa fica sem trabalho. Outro trabalho demonstra que, após choques na economia, o desemprego pode ter dificuldade em retornar a seu nível original, o que prejudica a retomada da atividade.

“Ademais, a TDLP é uma medida importante tanto por indicar o nível e o tempo de ociosidade de uma economia quanto por apontar a perda de produtividade dentro do ciclo econômico”, diz o texto.

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