30/01/2024 às 09h11min - Atualizada em 30/01/2024 às 09h11min

Boi gordo começa com ganhos, semana de expectativa de grande pressão negativa

De Olho no Mercado
Foto: Reprodução
Alguns movimentos no mercado brasileiro da carne bovina têm se mantido nas últimas semanas, como temos destacado em nossa coluna “De Olho no Mercado”, passa por uma oferta relevante de fêmeas na participação dos abates, de animais sem atingir o peso ideal inseridos no processo da industrialização, mercado na exportação lá em cima, mercado consumidor doméstico satisfatório, (bem melhor se comparado a anos anteriores), mas sem argumentos para sustentar preços mais elevados.
 
Apesar da pressão existente no mercado, há resistência por parte do pecuarista. Se por um lado as escalas de abate têm robustez, existe mais pasto disponível. São Paulo tem conseguido manter alguma estabilidade com o boi China em R$ 245,00 e comum R$ 240,00. A média do boi gordo Cepea/Esalq fechou a última segunda-feira com arroba a prazo R$ 248,55, alta de 0,59%.
 
O mercado futuro teve um início de semana melhor, com números mais interessantes nos contratos, o que lança possibilidades interessantes para o pecuarista proteger o valor de arroba. A posição de fevereiro fechou em R$ 240,10 por arroba, alta de 1,09%; março em R$ 234,15 (+1,08%); maio em R$ 234,15 (+0,99%); outubro em R$ 249,25 (+0,40%).
 
Enquanto isso, e falo dentro de uma semana na qual há todas as atribuições para uma pressão mais severa no preço da arroba. Observo a evidência e expectativas para voltar e recuperar os preços atuais após os festejos de carnaval, salários e volta às aulas, temos um cenário no qual o consumo de carne bovina no mercado interno surpreende para um mês de janeiro e exportações com volumes intensos.
 
Começo destacando o último argumento, pois a Secretaria de Comércio Exterior, Secex, trouxe que os embarques parciais de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada alcançaram 168,1 mil toneladas em 19 dias úteis. Número superior ao registrado em todo o primeiro mês do ano de 2023, que em 22 dias de trabalho registrou exportações de 160,1 mil toneladas
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A indústria frigorífica exportadora tem atingido média diária de 8,800 mil toneladas, alta de 21,50%, também comparado a janeiro de 2023. O preço médio da tonelada exportada atingiu US$ 4.508 por tonelada, 6,9% inferior ao registrado ano passado. A receita faturada pela indústria registra, até o momento, restando três dias de comercialização, US$ 757.885 milhões.
 
O consumo no mercado doméstico brasileiro já foi melhor no começo deste ano e os preços da arroba do boi também, na maior parte das praças produtoras. O cenário de arrefecimento foi previsto aqui nas últimas semanas e as ofertas de compra testaram a resistência de mercado e conseguiram baixar algumas referências de preços. Contudo a expectativa é do mercado levantar na primeira quinzena de fevereiro. Mas é preciso estar atento, no médio prazo, a oferta maior vai trazer pressão nos preços.

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