Em janeiro, produtores paulistas enfrentam um cenário desafiador com a queda significativa nos preços do suíno vivo, enquanto observam movimentos distintos nos insumos essenciais: milho e farelo de soja. A pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revela uma dinâmica complexa que afeta diretamente a rentabilidade dos produtores.
De acordo com os especialistas do Cepea, os preços do suíno vivo têm enfrentado uma notável redução no mercado independente, resultado da pressão exercida pela oferta elevada e pela demanda final enfraquecida. Essa conjuntura levou alguns frigoríficos a se afastarem da aquisição de lotes de animais, chegando, em alguns casos, ao cancelamento de carregamentos, conforme relatos de colaboradores consultados.
No entanto, a análise dos insumos cruciais revela uma dinâmica diferenciada. Enquanto os preços do milho se mantêm relativamente estáveis ao longo do mês, apesar de uma perda de força nos últimos dias, o farelo de soja experimenta uma desvalorização ainda mais acentuada do que o suíno vivo na parcial de janeiro. Esse fenômeno tem contribuído para melhorar a situação financeira dos suinocultores paulistas.
Os pesquisadores explicam que a estabilidade nos preços do milho, embora tenha perdido um pouco de vigor recentemente, contrasta com a desvalorização acentuada do farelo de soja, o que tem favorecido os produtores na hora de adquirir insumos essenciais para a atividade suinícola. Essa dinâmica, por sua vez, ressalta a importância da compreensão dos movimentos individuais de cada componente no mercado.