Mercado do boi gordo em São Paulo registra viés de baixa

Frigoríficos fora das compras e preços sem firmeza preocupam produtores

Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura

Nesta segunda-feira (22), o mercado do boi gordo na região paulista enfrentou cenário marcado pela lentidão nas transações comerciais e pela ausência de compradores por parte dos frigoríficos. Segundo dados divulgados pela Scot Consultoria, a expectativa aponta para um viés de baixa nos preços, com escalas se alongando e poucos negócios sendo concretizados.

As cotações diárias revelam estabilidade, mas a falta de firmeza preocupa os pecuaristas. Atualmente, a arroba do boi gordo é cotada em R$ 240, a da vaca gorda em R$ 215 e a da novilha gorda em R$ 237, todos os preços considerados brutos e a prazo. O "boi China" apresenta uma pequena variação, sendo negociado em R$ 245 a arroba, com um ágio de R$ 5.

Na Região de Belo Horizonte (MG), os preços iniciaram a semana de maneira estável, com o boi gordo sendo negociado em R$ 220 a arroba, a vaca gorda em R$ 210 e a novilha gorda em R$ 215, todos os preços brutos e a prazo. Destaca-se um diferencial de base de R$ 20 a arroba. O "boi China" nessa região é negociado a R$ 240 a arroba, com um ágio de R$ 20.

Enquanto isso, no Acre, os preços permanecem estáveis, com a arroba do boi gordo sendo comercializada por R$ 210, a da vaca gorda em R$ 195 e a da novilha gorda em R$ 195, todos os valores brutos e a prazo. Não há referência para o "boi China" nesse estado.

Atacado
No mercado atacadista de carne com osso, a última semana foi marcada por poucas negociações, resultando em quedas nos preços. A carcaça casada de boi castrado registrou uma diminuição de 2,8%, sendo negociada a R$ 15,75 o quilo. Já a carcaça casada de boi inteiro teve uma queda de 2,3%, atingindo R$ 14,65 o quilo. As carcaças casadas de vaca e novilha foram precificadas em R$ 14,15 o quilo (-2,4%) e R$ 15 (-1,1%), respectivamente.

No segmento de suínos e frangos, a carcaça especial suína e o frango médio sofreram quedas de 8,1% e 2,9%, respectivamente, sendo negociados a R$ 9,10 o quilo e R$ 6,60 o quilo. Essa dinâmica reflete uma semana com alta competitividade entre as proteínas, com as alternativas suína e de frango apresentando-se como opções mais atrativas em relação à carne bovina.