08/01/2024 às 09h32min - Atualizada em 08/01/2024 às 09h32min

​Avicultura tem desafios com custos crescentes em meio à influenza aviária

Especialista destaca flexibilidade do setor e impactos da produção de grãos na indústria avícola para o ano em curso

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: Reprodução
A avicultura no Brasil se prepara para enfrentar desafios centrados na ameaça da Influenza Aviária e no aumento dos custos em 2024, enquanto lida com as incertezas em torno da produção de grãos no país. De acordo com Fernando Iglesias, analista da SAFRAS & Mercado, diversos fatores devem ser considerados ao avaliar as perspectivas do mercado de carne de frango.

Entre as variáveis, Iglesias ressalta que, apesar dos desafios, o Brasil permanece como líder global na exportação avícola. "Mesmo diante de desafios, o país mantém sua competitividade em relação aos grandes concorrentes, segurando uma fatia crucial do mercado global. Estima-se que ao longo do ano sejam exportadas quantidades próximas a 5 milhões de toneladas", destaca.

Além disso, o especialista enfatiza a importância de manter o alojamento de pintos de corte reduzido para preservar as margens. "A flexibilidade na produção é a grande vantagem da avicultura de corte em comparação com outras proteínas concorrentes, que enfrentam ciclos mais longos. A avicultura tem a capacidade de ajustar sua produção conforme os desafios do mercado, seja aumento de custos, problemas no mercado ou questões sanitárias", explica.

Entretanto, o analista alerta para os desafios no abastecimento de milho no primeiro semestre de 2024, prevendo uma possível redução no alojamento durante esse período. "No segundo semestre, espera-se um aumento devido à entrada da safra brasileira no mercado e um potencial redução nos preços, oferecendo boas perspectivas para margens de lucro", salienta.

O especialista comenta que a demanda por carne de frango segue forte, mas ressalta a importância de manter um equilíbrio na produção para evitar sobressaltos. 
"Ao que parece, é provável que as margens do setor se estreitem no primeiro semestre, porém, sem grandes impactos. O problema seria mais grave caso houvesse um descontrole na produção", complementa.
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