15/12/2023 às 09h23min - Atualizada em 15/12/2023 às 09h23min

​CNI projeta crescimento de 1,7% para o PIB em 2024

Consumo das famílias deve crescer 2,6%, mas investimentos devem sofrer queda em 2023

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (14) o Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024, apontando projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no país. De acordo com a entidade, a expectativa para este ano é um crescimento de 3%, similar ao registrado no ano passado. No entanto, para 2024, a previsão é de uma expansão de 1,7%.

Apesar da perspectiva positiva, a CNI alerta que o crescimento observado em 2023 não indica o início de um novo ciclo de desenvolvimento econômico. A confederação destaca que o atual crescimento do PIB foi influenciado por fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do setor agropecuário, enquanto houve quedas nos investimentos produtivos.

No que se refere à indústria, as projeções para 2024 são mais modestas, com um crescimento previsto de 0,3% para a indústria de transformação e 0,7% para a indústria da construção. Esses números representam uma recuperação das quedas observadas neste ano, onde a indústria de transformação deve encerrar com queda de 0,7%, enquanto a da construção registra um recuo de 0,6%.

A CNI também analisou o consumo das famílias e os investimentos. Para 2023, a expectativa é de um crescimento de 2,6% no consumo familiar, porém, um recuo de 3,5% nos investimentos. Essa queda no investimento pode afetar o desempenho econômico nos anos seguintes, apontando para uma taxa de investimento em relação ao PIB de 18,1%, abaixo dos 19,3% registrados em 2022.

Ressaltando a importância do aumento do investimento para o crescimento econômico, o presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para manter taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB, enfatizando a necessidade de focar em agendas como economia verde, sustentabilidade, pesquisa, inovação e transformação digital.

Contudo, a CNI não é otimista quanto ao mercado de trabalho para 2024, projetando uma menor taxa de crescimento na massa salarial em comparação a este ano. A confederação prevê um crescimento de 2,9% na massa salarial em 2024, em contraste com a alta de 6,4% registrada neste ano, devido aos efeitos da política monetária, como juros altos, que devem impactar negativamente o emprego ainda no final de 2023.

No cenário internacional, a avaliação é de que será pouco favorável, o que pode impedir novos aumentos expressivos no saldo positivo da balança comercial. A CNI aponta que o saldo recorde observado este ano decorreu principalmente do aumento nas exportações de produtos agropecuários e da indústria extrativa, como soja, milho, petróleo e minério de ferro.

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