Foto: FreepikOs valores do café subiram em novembro, impulsionados por preocupações climáticas e pela redução nos estoques certificados, revelando análises do Cepea. O receio em relação ao impacto climático na safra 2024/25 e a diminuição dos estoques certificados da Bolsa de Nova York (ICE Futures) geraram maior dinamismo no mercado nacional.
Ao final do mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, se aproximou de R$ 945 por saca de 60 kg, o maior valor nominal desde junho deste ano. A média de novembro atingiu R$ 888 por saca, um aumento de 7% em relação a outubro.
Para o robusta, as cotações se aproximaram dos R$ 700 por saca no dia 30 de novembro. Vale ressaltar que a menor produção no Vietnã e, consequentemente, a redução do volume disponível para exportação, impulsionaram a demanda pela variedade brasileira. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, alcançou média de R$ 660,62 por saca de 60 kg em novembro, um aumento de 2,5% em comparação a outubro.
Arroz
Por outro lado, os preços do arroz seguem em trajetória ascendente, ultrapassando a marca de R$ 120 por saca em diversas regiões pesquisadas pelo Cepea. A média do Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) em novembro atingiu R$ 113,87 por saca, um aumento de 9,4% em relação a outubro e expressivos 37,4% em comparação a novembro do ano passado, em termos nominais.
Especialistas do Cepea apontam que os valores atuais têm gerado preocupações entre unidades de beneficiamento sobre a venda do arroz para atacadistas e varejistas. Isso porque os custos mais elevados para adquirir a matéria-prima estão pressionando as margens de lucro, dificultando as transmissões de preços ao longo da cadeia produtiva. Enquanto alguns vendedores planejam retomar as negociações apenas em 2024, outros estão ofertando no mercado à vista a patamares elevados, gerando inquietações no setor.
